quinta-feira, 26 de junho de 2014
segunda-feira, 23 de junho de 2014
Vida Labirinto - By Ronan Junior
Mesmo estando dentro de mim
Eu tive que dar tantas voltas
Prá me encontrar.
Dia nasce
Vontade surge
Forte, mas fulgás
Me falta luz
Lugar de sombras
Em que é fácil encontrar esconderijos
Eu me deparo mais uma vez
Com o medo de me perder
Mo meio do labirinto,
Eu sinto sede e frio
Neste labirinto,
Em que não há saídas de emergência
Se a vida é o labirinto
De onde não há pra onde se fuja
A fé é o caminho que me dá a certeza
De que sim,
Eu vou conseguir
Caminho por noite e dias
Encontro desilusões
Ajunto os cacos e continuo
Caio em armadilhas
Que eu mesmo armei
Então aprendo que nada sei
E que descobrir as respostas
Só me faz encontar mais perguntas
Pois mesmo estando dentro de mim
Eu tive que dar tantas voltas
Prá me encontrar.
quarta-feira, 18 de junho de 2014
CAMINHADA - DICAS DO JUNNO
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| Meu primeiro antes e depois (ou melhor, durante) |
Oi!!!! Este é o primeiro post que faço sobre o processo de emagrecimento, pelo qual estou passando, e assim quero compartilhar com vocês algumas dicas que tem dado certo comigo. a primeira delas é o que se refere o título deste texto:
CAMINHADA
Que ela ajuda a emagrecer já está mais que comprovado, seja em estudos científicos ou na prática. O que fiz abaixo foi uma copilação de dicas tanto minhas quanto pesquisadas para turbinar os efeitos da nossa caminhada sagrada de todo dia para perder peso com saúde.
Caminhe cerca de 30 minutos diariamente para emagrecer e manter a saúde em dia. Se você já deixou de acreditar em dietas malucas, aqui vai uma combinação poderosa que tem tudo para funcionar: reeducação alimentar associada a caminhadas leves e regulares. Com esses dois novos hábitos dá para emagrecer e melhorar a saúde.
Cientistas comprovaram que quem caminha com frequência emagrece 25 vezes mais do que quem não realiza essa prática.
Além disso, com uma voltinha diária pelo seu bairro é possível ainda prevenir o diabetes!
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| Por mais que pareça muitooooo pra quem pesava 160kls, diminuir 41 ja é uma grande vitória!!!! |
5 truques para emagrecer mais rápido:
1. Caminhe na hora certa
Um estudo japonês comprovou que andar cerca de 30 minutos após o jantar provoca uma perda de peso duas vezes maior do que caminhar de estômago vazio. Passear a essa hora reduz os níveis de açúcar no sangue e a gordura corporal.
2. Tenha um lápis à mão
Você já deve ter lido que fazer um diário alimentar ajuda a emagrecer. Mas um estudo da Universidade de Pittsburgh afirmou que manter um diário de caminhada faz você obter os mesmos resultados do diário alimentar. Anote a frequência, a distância e como foi seu passeio todo dia. E atualize os dois diários!
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| Meu lugar preferido é em volta da lagoa que tem aqui em minha cidade! muito ar puro e uma vista linda |
Estudos recentes comprovam que caminhar ao ar livre emagrece mais do que em local fechado. Esqueça a esteira e dê uma volta pela vizinhança ou no parque. Ar fresco renova a energia! Escolha um ambiente alegre, com natureza, pois além do físico você oxigenará sua mente.
4. Crie um objetivo
Durante o passeio, observe um local de longe e corra até lá. Ao chegar, volte a caminhar de forma lenta. Escolha um novo "alvo" e corra até lá. Siga essa técnica até completar 30 minutos. Um estudo australiano mostrou que pessoas que realizam esse intervalo de corrida perdem três vezes mais peso do que as que andam numa mesma frequência durante todo o passeio. Eu ja estou conseguindo correr incríveis 150 metros. Por mais que pareça bobagem, pra quem não corria 10 é mais uma vitória. Meu pai corre uns 15 a 20 Km todos os dias e minha meta a longo prazo é conseguir acompanha-lo.... eu chego lá!
5. Mantenha o foco
Um estudo mostrou que pessoas mais velhas com dificuldade de perder peso conseguiram emagrecer 25 vezes mais com uma dieta específica combinada à caminhada. um dos melhores programas indica andar 30 minutos e comer 1.400 calorias por dia. Isso a fará se sentir mais jovem, com energia e mais magra!
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| Petter, meu grande companheiro de caminhada |
OUTRAS DICAS:
Tem cachorro???? Leve-o com você, elas são ótimos companheiros de caminhada, eu levo meu pastor belga, o Petter e além de tudo nos divertimos muito. Claro, procure um lugar que possa deixá-lo solto em segurança.
Tenha um tênis confortável, isso faz toda a diferença.
Não falte muito, quanto mais vc caminha mais isso vai se tornando viciante, melhor é a sensação de bem estar ao correr e caminhar.
Bora levantar da cadeira então e dar o primeiro passo????
sexta-feira, 13 de junho de 2014
Abertura da copa
Só pra não passar em branco, quero escrever poucas linhas sobre a tão falada abertura da copa do Brasil da FIFA 2014 .
Então, eu estava de plantão na Penitenciária onde trabalho, e lamentava muito mais perder a abertura do que o próprio jogo... claro que queria ver o jogo, e vi, torci muito!!! Até ganhei o bolão que fizemos...
Mas é que sou apaixonado com esses espetáculos...
Daí arrumamos uma TVzinha 14" e fiquei vendo os pedacinhos, e até tava gostando, mas aí quando fui ver , acabou o número do Pitt Bull, JLo e Claudia "Milk" 'piriguetando' em cima da nave da Xuxa bola de cristal led e saiu pra um intervalo deixando um gostinho insosso de...
Acabou, jura????
É isso então...????
Vai ter mais né,???
Foi pro intervalo mas vai voltar....!?!!!
Num acabou não, né?!!!???
Enfim, eu não acredito que o caso ali foi modéstia, ou mesmo orçamento... Orçamento com certeza era garantido o que gastasse, assim faltou mesmo foi criatividade, foi grandeza de idéias, foi uma 'puta sacada', sair do óbvio.
Sério que quem projetou foi uma mulher de fora, Holandesa se não me engano... Dizem que não convidaram um dos grandes carnavalescos brasileiros... Cof! Cof! Paulo Barros... Porque queriam uma visão mais 'globalizada' da coisa... Tipo 'macumba pra turista', 'passei turístico pela favela' saca??? Foi assim que soou pra mim, infelizmente, pois tinha expectativas muito boas da abertura, a do Pan do Rio foi linda e grandiosa.
Só pra lembrar, todos os participantes do 'espetáculo' eram voluntários, ou seja, ficou foi muiiiittto caro, se formos pensar...
Mas o problema ali é , repito, que a copa não é do Brasil, é da Fifa, e fico triste apenas por saber que teríamos totais condições de fazer melhor, maior, mais bonito, mais barato até.... que tínhamos tantas coisas mais interessantes pra mostrar além do que foi mostrado, ainda que de forma amenizada, pra num assustar os gringos....
Depois que caiu a ficha que tinha acabado mesmo, veio um sentimento de vergonha alheia, só que nossa.
O país que faz os maiores e melhores desfiles de carnaval do mundo, que possui diversificadas culturas regionais com danças e trajes originalíssimos, assistiu a um espetáculo visualmente pobre, mal ensaiado, sem emoção. Faltou ali o tal rigorosíssimo padrão FIFA de qualidade, tão falado e exigido pra tudo.
Por fim, deixo só uma pergunta que não quer calar...
Cadê FULECO minha gente???? kkkk
P.S. o mascote foi flagrado por um paparazzi fugindo do Itaquerão numa moto roubada. Segue a foto:
quarta-feira, 4 de junho de 2014
Review - Disco - Pitty - Sete Vidas
Sete vidas - Novo Cd da Pitty
Hoje, ouvindo mais uma vez o 'Sete Vidas', novo disco da Pitty, cheguei a uma conclusão: Preciso escrever sobre ele, faixa a faixa e em seu todo, pois o álbum é melhor ouvido assim, como obra e não como músicas isoladas, e de preferencia (pelo menos uma vez) com bons fones de ouvido, para que se percebam ali detalhes que podem passar batidos em amplificadores potentes e se você, assim como eu curte entender e aprender as letras, também pode acompanhá-las aqui: Sete Vidas - Letras.
Pois bem, a faixa que abre o disco, “Pouco” é forte, como sempre acontece nos discos da banda – quem não se lembra das deliciosas “8 ou 80”, ou mesmo de “Teto de Vidro”? - é direta sobre o tema do disco e reflete bem o momento que contextualiza seu período puerperal, de retorno de Pitty ao Rock depois de 4 anos sem lançar inéditas do gênero, e experimentando novos horizontes em “Agridoce”. além das turbulências tanto pessoais – no último ano a cantora teve problemas de saúde – quanto profissionais, com a saída conturbada do baixista Joe que inclusive foi parar na justiça. Sendo assim o disco está longe de ser um disco sereno e pueril e definitivamente não fala de amor romântico, mas nem por isso deixa de mostrar maturidade. O álbum, todo autoral, tem apenas 10 faixas e passa a sensação nítida que foi pensado frase a frase, acorde a acorde, que nem uma palavra ou arranjo está ali por acaso, pra encher linguiça. As letras tocam em temas que vão do lamento melancólico, passando por questões existencialistas e filosóficas, chegando ao sombrio e à crítica social, sempre presente na obra da banda, mas abordada de uma forma bem mais profunda do que anteriormente em faixas do 'Anacrônico' e mesmo do 'Chiaroscuro'.
“Deixa Ela Entrar” fala de sorte, de dúvida e de escolhas. E é uma das mais fracas do disco – apesar de ser melhor do que quase tudo que se tem lançado no país em termos de rock – é que o padrão atingido pelo álbum é muito alto. O destaque da terceira música, a incrível “Pequena Morte”, com uma letra que fala de encontros carnais inevitáveis, fica evidentemente por conta do instrumental, que é o que mais me agrada de todo o disco, com todos os músicos privilegiados com momentos para brilhar.
“Um Leão” é o que mais chega perto de falar de amor, mas de um amor livre de domadores. O encerramento da faixa é forte e lindo. Na sequência, somos presenteados com uma balada que, com guitarras distorcidas, brinca com o Folkrock psicodélico e com o New Weird e é um desbunde. A canção experimenta algo nunca feito pela banda, com a inusitada e pertinente presença de um coral em seu refrão, pra nos apresentar a letra mais pesada e sofrida da obra, morte na juventude, suicídio, nos remetendo não apenas às confirmadas inspirações – que são o alto-extermínio do antigo amigo da cantora e guitarrista da banda, Peu Souza, autor de hits como 'Equalize' e 'Deja Vú', além da morte recente de Lou Reed. A faixa me causa uma nostalgia que sempre sinto quando lembro de gênios musicais modernos que pegaram a 'jangada' - referência a mitologia egípcia - que os leva pro “Lado de Lá” (título da música) prematuramente, como Amy e Kurt, entre tantos.
“Olho Calmo” marca pela frase intensa “cão que já não ladra mais, só morde”, mas também não é destaque no álbum, em meio a tamanha qualidade das que ela precede.
“Boca Aberta” é minha preferida do disco. Com uma letra contemporânea, foi escrita originalmente como um poema, pós musicado, e já foi anunciada merecidamente como segundo single. Ela trata de questões existencialistas do homem pós-moderno e da sua cada vez maior efemeridade tediosa. A canção é deliciosamente espiritual.
“A Massa” traz referências enraizadas nas "Teorias da Comunicação" tais como a “Agulha Hipodérmica” e junto da anterior e da posterior, completa a parte mais crítica social do disco. A Nova música que dá também título aos disco é
"Sete Vidas”, o primeiro single, é com certeza a mais POP e chiclete, e isso justifica sua escolha, é comercial, toca no rádio, mas nem por isso é pobre, e se destaca pelo instrumental, com percussões marcadas, e por sua letra que também trata de efemeridade (nos último 5 meses já morri umas 4 vezes, mas ainda tenho 3 vidas pra ‘gastar’) mas também fala em resiliência, sobrevivência, com versos que afirmam que viver nos tempos atuais é insistir.
‘’Serpente’’ fecha o trabalho é dominada por instrumentos de percussão africana, e traz a baiana às fontes que a influenciaram, às suas raízes culturais. Aliás, o disco todo traz arranjos de percussão afro, de forma sutil, explicados pela cantora como uma busca por uma sonoridade mais africana, mas que não soasse como 'macumba pra turista'. A letra da deliciosa canção , que soa uma mistura de influências que vão do Afro ao Gospel moderno fala de troca de pele, de mudança, de renascimento e se encaixa perfeitamente como o momento da banda, que acaba de receber Guilherme, o baixista que veio se juntar a Duda (bateria) e Martim (guitarra) - e trouxe mais refinamento aos arranjos, segundo a cantora, mas claro, sem perder a marca já consagrada da banda.
Pitty desbafa que “A grande lição que tiro disso tudo (saida de Joe entre outros problemas) é que, mesmo o que parece ruim, no final das contas vem pro bem. E o resultado é que a minha banda nunca foi tão boa”. Um detalhe curioso é que o álbum foi todo gravado ao vivo, com os quatro em estúdio, tocando simultaneamente. Pitty afirma: “Gosto desse tipo de gravação. Exige uma concentração maior e demora um pouquinho mais, porque é uma coisa coletiva muito forte, sempre a busca pelo melhor take válido pra todo mundo”, mas, pra garantir apuro e um ar de sofisticação, o disco contou com a minúcia do produtor inglês Tim Palmer, que já trabalhou entre outros com David Bowie, Ozzy Osbourne, U2 e Pearl Jam. “Gravamos um som bem garagem mesmo e precisávamos dessa finalização elegante pra não ficar tosco, com som de fita demo. E a presença dele foi essencial, acrescentou muito nos processos”, endossa Pitty. O refinamento, entretanto, não ousa tirar o peso das baquetas de Duda ou da guitarra de Martim, que ascendem ao longo do disco.Enfim, Sete Vidas, que traz na capa a cantora em uma foto linda com sua gata “Preta”, falecida dias depois do ensaio, é um presente não só para os cativos fãs da banda, mas também alcança um público que não é diretamente púbico de Patrícia Leone e para quem gosta de Rock do bom e letras com conteúdo, vale muito a pena ser ouvido com atenção.
Deu vontade de ouvir? Cola aí: Sete vidas - CD na íntegra no Papel Pop
Clipe oficial do 1º single, Sete Vidas, em que Pitty está linda:
Sete vidas - Novo Cd da Pitty
Hoje, ouvindo mais uma vez o 'Sete Vidas', novo disco da Pitty, cheguei a uma conclusão: Preciso escrever sobre ele, faixa a faixa e em seu todo, pois o álbum é melhor ouvido assim, como obra e não como músicas isoladas, e de preferencia (pelo menos uma vez) com bons fones de ouvido, para que se percebam ali detalhes que podem passar batidos em amplificadores potentes e se você, assim como eu curte entender e aprender as letras, também pode acompanhá-las aqui: Sete Vidas - Letras.
Pois bem, a faixa que abre o disco, “Pouco” é forte, como sempre acontece nos discos da banda – quem não se lembra das deliciosas “8 ou 80”, ou mesmo de “Teto de Vidro”? - é direta sobre o tema do disco e reflete bem o momento que contextualiza seu período puerperal, de retorno de Pitty ao Rock depois de 4 anos sem lançar inéditas do gênero, e experimentando novos horizontes em “Agridoce”. além das turbulências tanto pessoais – no último ano a cantora teve problemas de saúde – quanto profissionais, com a saída conturbada do baixista Joe que inclusive foi parar na justiça. Sendo assim o disco está longe de ser um disco sereno e pueril e definitivamente não fala de amor romântico, mas nem por isso deixa de mostrar maturidade. O álbum, todo autoral, tem apenas 10 faixas e passa a sensação nítida que foi pensado frase a frase, acorde a acorde, que nem uma palavra ou arranjo está ali por acaso, pra encher linguiça. As letras tocam em temas que vão do lamento melancólico, passando por questões existencialistas e filosóficas, chegando ao sombrio e à crítica social, sempre presente na obra da banda, mas abordada de uma forma bem mais profunda do que anteriormente em faixas do 'Anacrônico' e mesmo do 'Chiaroscuro'.
“Deixa Ela Entrar” fala de sorte, de dúvida e de escolhas. E é uma das mais fracas do disco – apesar de ser melhor do que quase tudo que se tem lançado no país em termos de rock – é que o padrão atingido pelo álbum é muito alto. O destaque da terceira música, a incrível “Pequena Morte”, com uma letra que fala de encontros carnais inevitáveis, fica evidentemente por conta do instrumental, que é o que mais me agrada de todo o disco, com todos os músicos privilegiados com momentos para brilhar.
“Um Leão” é o que mais chega perto de falar de amor, mas de um amor livre de domadores. O encerramento da faixa é forte e lindo. Na sequência, somos presenteados com uma balada que, com guitarras distorcidas, brinca com o Folkrock psicodélico e com o New Weird e é um desbunde. A canção experimenta algo nunca feito pela banda, com a inusitada e pertinente presença de um coral em seu refrão, pra nos apresentar a letra mais pesada e sofrida da obra, morte na juventude, suicídio, nos remetendo não apenas às confirmadas inspirações – que são o alto-extermínio do antigo amigo da cantora e guitarrista da banda, Peu Souza, autor de hits como 'Equalize' e 'Deja Vú', além da morte recente de Lou Reed. A faixa me causa uma nostalgia que sempre sinto quando lembro de gênios musicais modernos que pegaram a 'jangada' - referência a mitologia egípcia - que os leva pro “Lado de Lá” (título da música) prematuramente, como Amy e Kurt, entre tantos.
“Olho Calmo” marca pela frase intensa “cão que já não ladra mais, só morde”, mas também não é destaque no álbum, em meio a tamanha qualidade das que ela precede.
“Boca Aberta” é minha preferida do disco. Com uma letra contemporânea, foi escrita originalmente como um poema, pós musicado, e já foi anunciada merecidamente como segundo single. Ela trata de questões existencialistas do homem pós-moderno e da sua cada vez maior efemeridade tediosa. A canção é deliciosamente espiritual.
“A Massa” traz referências enraizadas nas "Teorias da Comunicação" tais como a “Agulha Hipodérmica” e junto da anterior e da posterior, completa a parte mais crítica social do disco. A Nova música que dá também título aos disco é
"Sete Vidas”, o primeiro single, é com certeza a mais POP e chiclete, e isso justifica sua escolha, é comercial, toca no rádio, mas nem por isso é pobre, e se destaca pelo instrumental, com percussões marcadas, e por sua letra que também trata de efemeridade (nos último 5 meses já morri umas 4 vezes, mas ainda tenho 3 vidas pra ‘gastar’) mas também fala em resiliência, sobrevivência, com versos que afirmam que viver nos tempos atuais é insistir.
‘’Serpente’’ fecha o trabalho é dominada por instrumentos de percussão africana, e traz a baiana às fontes que a influenciaram, às suas raízes culturais. Aliás, o disco todo traz arranjos de percussão afro, de forma sutil, explicados pela cantora como uma busca por uma sonoridade mais africana, mas que não soasse como 'macumba pra turista'. A letra da deliciosa canção , que soa uma mistura de influências que vão do Afro ao Gospel moderno fala de troca de pele, de mudança, de renascimento e se encaixa perfeitamente como o momento da banda, que acaba de receber Guilherme, o baixista que veio se juntar a Duda (bateria) e Martim (guitarra) - e trouxe mais refinamento aos arranjos, segundo a cantora, mas claro, sem perder a marca já consagrada da banda.
Pitty desbafa que “A grande lição que tiro disso tudo (saida de Joe entre outros problemas) é que, mesmo o que parece ruim, no final das contas vem pro bem. E o resultado é que a minha banda nunca foi tão boa”. Um detalhe curioso é que o álbum foi todo gravado ao vivo, com os quatro em estúdio, tocando simultaneamente. Pitty afirma: “Gosto desse tipo de gravação. Exige uma concentração maior e demora um pouquinho mais, porque é uma coisa coletiva muito forte, sempre a busca pelo melhor take válido pra todo mundo”, mas, pra garantir apuro e um ar de sofisticação, o disco contou com a minúcia do produtor inglês Tim Palmer, que já trabalhou entre outros com David Bowie, Ozzy Osbourne, U2 e Pearl Jam. “Gravamos um som bem garagem mesmo e precisávamos dessa finalização elegante pra não ficar tosco, com som de fita demo. E a presença dele foi essencial, acrescentou muito nos processos”, endossa Pitty. O refinamento, entretanto, não ousa tirar o peso das baquetas de Duda ou da guitarra de Martim, que ascendem ao longo do disco.Enfim, Sete Vidas, que traz na capa a cantora em uma foto linda com sua gata “Preta”, falecida dias depois do ensaio, é um presente não só para os cativos fãs da banda, mas também alcança um público que não é diretamente púbico de Patrícia Leone e para quem gosta de Rock do bom e letras com conteúdo, vale muito a pena ser ouvido com atenção.
Deu vontade de ouvir? Cola aí: Sete vidas - CD na íntegra no Papel Pop
Clipe oficial do 1º single, Sete Vidas, em que Pitty está linda:
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